Mostrando postagens com marcador Debates. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Debates. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Eleições 2018: o que aprendi sendo mesária


Fui convocada para trabalhar nessas eleições. Houve um misto de cansaço, frustração e aprendizado.  Se você não sabe, o chamado só pode ser recusado em situações muito específicas, então normalmente não há muita escolha. Ainda não trabalho, então infelizmente os benefícios de folga não se aplicaram a mim. Minha recompensa será a grande quantidade de horas complementares. 

Entendo este voluntariado como uma retribuição por parte do cidadão a tudo o que o Estado se compromete em oferecer a ele (ou deveria oferecer). Foi minha primeira eleição trabalhando e votando, portanto, um misto de sensações neste ano tão turbulento para nossa política.

1 - Educação e consciência cidadã
Não é brincadeira, gente. Perdi a conta de quantos se perdiam no que iam votar e claramente trocavam seu candidato na hora sem hesitar, pelos mais diversos motivos. Mesários devem tentar ajudar até onde for possível em caso de dificuldade, sem interferir no sigilo voto. Sabemos que a neutralidade é um mito, mas é comum pedir para pessoa conferir se está digitando corretamente, dar o caderno com o número de todos os candidatos e fazer perguntas sem ir até a cabine. Mais do que nunca acredito que acesso à educação é a chave para um democracia mais eficiente e consciente.

2 - As pessoas não exercem seus direitos
Atuei na maior parte do tempo como 1ª secretária: organização da fila e dos documentos, esclarecimento de dúvidas, checagem da cabine de votação nos intervalos, auxílio aos mesários. A coisa que mais fiz foi checar se havia alguém que se enquadrasse na longa lista de prioridade no atendimento. Normalmente, havia sim. A grande questão é que as pessoas esperavam que fossem perguntadas ou solicitadas para exercer este direito. Poucos foram os pró-ativos, que se colocaram afirmando e exercendo sem hesitação. Deixo aqui este questionamento: você conhece e exerce seus direitos?

3 - Transparência 
Referente ao que acontece na seção eleitoral você não precisa se preocupar com manipulação de votos: antes do horários há emissão da zerésima (todos os candidatos com votos igual a zero), além do boletim de urna impresso e preso na porta ao fim do dia com código QR para comparar a apuração com o que é divulgado na internet. Ainda sobre conhecer seus direitos, você poderia baixar o aplicativo Mesário, que abrigava todos os manuais de procedimento nas mais diversas situações durante o fluxo de votação. Para confiar, é preciso compreender todas as etapas. Se você quer desconfiar das outras instâncias é um direito seu, mas sobre esta etapa, atuar como mesária me ajudou a me sentir parte desta grande engrenagem de maneira mais intensa.

4 - A democracia importa, é necessária e deve ser protegida
Uma frase idealista, inocente ou utópica? Talvez, mas prefiro o termo realista. Vi pessoas de todos os tipos, nomes, idades, cores, sexo e contexto cultural. Todas elas com o mesmo valor na hora de opinar em nossos representantes. Isso é poderoso e poético. O voto obrigatório ainda divide opiniões - particularmente, sou contra -, porém não deixe que isto te impeça de enxergar o valor deste momento. Se for votar em branco, sinta dor por isso e fuja ao máximo desta opção.

Felizmente, não vou trabalhar no 2º turno. Sobra mais tempo pra me preocupar só com as pesquisas pro voto mesmo. Afinal, além da atuação no dia, temos que cumprir o treinamento online. E você? Já vota ou já trabalhou em alguma eleição? Deixe suas opiniões nos comentários, vou adorar conversar!

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Os produtores de conteúdo da internet podem aprender com a mídia tradicional?


A propaganda é a alma do negócio, já dizem por aí. Como produtora de conteúdo, acho que é minha obrigação ter a preocupação e o cuidado com aquilo que publico ou compartilho, e aprendi isso vendo aqueles que admiro na internet tendo esta mesma visão e praticando-a. Por outro lado, é muito fácil criticar quem já está fazendo, apontar os seus defeitos ou carências. Também acho muito fácil se intitular "revolucionário" e mudar os termos, nomes e fazer parecer tudo uma grande novidade. Há muitos que se colocam neste papel, mas devemos lembrar que somos apenas a ponta do iceberg de grandes comunicadores que já vieram antes de nós.

Acho importante deixar claro o meu plano de fundo, aquilo que me motiva a incitar esta discussão: sou uma aluna de Museologia que se preocupa com as formas de difusão da cultura e do conhecimento, dona de um blog existente desde 2010. Desde então, acompanhei muitas fases da popularização dos blogs, youtubers, entre outras plataformas que surgiram. O ponto em comum: esta nova forma de comunicação permite proximidade e agilidade, aparente honestidade na emissão do discurso - por se tratar de  "gente como a gente" - , e extrema quantidade de dados sendo produzida.

Dito isto, tenho me incomodado com a necessidade de diferenciar, e em muitos casos, ressaltar a oposição no papel dessas mídias. Creio que televisão, rádio, jornais, revistas, livros e internet mediam-se simultaneamente e a todo momento. Não há como dissociar estas plataformas ou tentar hierarquizá-las. A discussão do suporte não é minha intenção, mas sim uma reflexão rápida de que todas têm ou tiveram seu momento e podem ensinar algo àqueles que desejam crescer na área.

Considerando tudo o que apresentei, compartilho agora o que a "mídia tradicional" tem me ensinado como blogueira:

1 - COMPROMISSO
Redes de televisão se esforçam para cativar seu público. Pesquisam temas, investem em cenário, otimizam a propaganda com o horário da programação. Isso me ensina a ter compromisso com o meu público. A partir do momento em que decido transformar o blog em uma plataforma de conteúdo com credibilidade e autenticidade, não posso me dar ao luxo de fazer de qualquer maneira. Deixo claro que não me refiro mais a esta plataforma como um diário, mas sim um portfólio de ideias.

2- CONSISTÊNCIA
Uma coisa que aprendemos com as mídias escritas é a capacidade de conseguirmos imaginar e absorver conceitos apenas com o poder das palavras. Além disso, quando escrevemos temos que deixar tudo bem claro, afinal o seu leitor não está te vendo e não conhece tua voz,  ou seja, não há interação não-verbal, expressões faciais pra dar ênfase e gestos que ajudem na comunicação. Nós que trabalhamos com blog devemos aprender com a consistência dos jornais e revistas sérias que se esforçam para que seu conteúdo tenha uma identidade, uma coerência entre tantos textos e matérias.

3 - DINAMISMO
Quando você está ouvindo rádio já percebeu que nunca há momentos de silêncio? Apenas quando o sinal fica fraco ou há interferência. Isso exige extremo dinamismo e flexibilidade de quem está falando. Mesmo com a expansão na produção de conteúdo online, a massificação de informação pode tornar tudo muito cansativo. Devemos aprender a manejar bem todas as redes sociais pra garantir essa versatilidade.

4 - ADMITIR OS ERROS
Quando os portais de notícia publicam algo errado, não demora muito para acrescentarem uma errata aceitando isso e corrigindo a informação. Quantas personalidades da internet vocês conhecem que já tiveram a humildade de reconhecer uma posição errada? Ou acrescentar um dado de maneira permanente e organizada, e não fazendo trezentos stories com informações esparsas? É um cuidado importante que precisamos tomar.

5 - EQUIPE
Uma das primeira coisas que estudantes de Museologia ouvem ao entrar na faculdade é a necessidade de exposições, posturas institucionais etc. serem construídas de maneira coletiva, pois a concentração do poder de comunicar nas mãos de uma única pessoa torna o resultado duvidoso. Como no cinema também, que conta com uma grande equipe para que o filme seja realizado. E nos blogs? Ouvindo e aplicando a opinião de seu público, além de contar com colaboradores ou pessoas que estejam a par de seu conteúdo para realizar críticas e sugestões. Eu adoraria saber suas opiniões, então clique aqui para acessar a pesquisa de opinião do blog!

6 - ACESSIBILIDADE
Faz alguns dias que vi um comentário em um canal do YouTube pedindo legendas certinhas nos vídeos para a comunidade surda. Confesso que como estudante de Museologia, uma área que está tentando se moldar cada vez mais a essa questão, fiquei surpresa com a minha insensibilidade em nunca ter me ligado nessa demanda. Aproveito para peguntar: você conhece alguém que não consegue acessar o blog por alguma barreira desse tipo? Percebe algum erro na hora de passar a informação? Conta pra mim, ficarei feliz em saber e tentar melhorar.

Espero que tenham gostado. Aprendi muito escrevendo e pensando nesses tópicos ao longo do mês.  Estou pensando em fazer um post sobre o que a internet tem ensinado a mídia tradicional também, porque como disse, penso que atualmente ambos se influenciam. Concordam ou não com minhas opiniões? Até o próximo post!

domingo, 2 de setembro de 2018

Um desabafo sobre a tragédia do Museu Nacional


Agora são 21:20 desta triste noite de domingo. Tenho amigos que mandaram mensagens dizendo que choraram, outros já estão revoltados. Não sei ainda o que sentir. Decepção, raiva, revolta e muita tristeza talvez sejam bons adjetivos. Fui algumas vezes ao Museu Nacional, quando pequena e recentemente, este ano mesmo. Já fui com pressa procurando algo específico, com calma olhando apenas esta ou aquela sala. Vi as múmias e os dinossauros, os vasos de Pompéia, o meu amado Bendegó. Tenho professores que trabalham lá e uma museóloga aposentada que me ensinou muito também. Histórias sobre ele, nele e a partir dele não faltam, posso te garantir.

Liguei o computador porque estou doente e minha garganta dói, não conseguiria falar tudo isso. O nó que se formou de tristeza só piorou a situação, principalmente depois que meu avô me ligou e a ficha começou a cair. Minha vontade foi gritar para todos ligarem a TV ou irem no  portal de notícias mais próximo para sentirem um pouco do que precisa ser sentido quanto a esta perda. Não pode ser deixado de lado, isso eu te garanto. Como muitos dizem, um país que não sabe seu passado não pode construir um futuro.

Impotente e transtornada é como eu me defino neste exato momento. Não estou muito preocupada em concluir este texto de forma encorpada porque nada ainda possuiu conclusão. Investigações precisam ser feitas, avaliar se algo sobreviveu e lançar um alerta geral - mais uma vez depois que uma tragédia já aconteceu,infelizmente - para tentarmos resguardar o que temos em tantas outras instituições culturais incríveis. Meu único pedido é que você sinta com força, não se esqueça rapidamente. A perda só será completa se apagarmos o Museu Nacional de dentro de nós. Que eu e você não deixemos isso acontecer.

LUTO

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

O que a Museologia pode nos ensinar sobre prioridades


Uma notícia pra você: tudo que é orgânico vai desaparecer. O museólogo, o conservador, o restaurador estão aqui só para tentar retardar ao máximo esse processo, desde o cuidado com o ambiente até as interferências mais fortes nos objetos. Aprendi que não dá pra guardar tudo. Não dá pra salvar tudo. É humanamente impossível. Fisicamente impossível, pois onde guardaríamos toda a produção cultural do mundo? Algum coisa precisa ir embora, portanto escolhas do que seria mais importante ou não são feitas a todo momento.

Na nossa vida acontece o mesmo e é isso que estou tentando aprender todos os dias. Não sou capaz de controlar tudo, não sou capaz de cuidar de tudo, não sou capaz de fazer tudo sozinha. O tudo é humanamente impossível.  Escolhas são necessárias, sejam elas grandes, pequenas, fáceis ou difíceis; leves ou pesadas; rápidas ou demoradas. Preciso optar por aquilo que é mais importante, aquilo que fará maior diferença ou falta.

É o que dizem: ninguém "não tem tempo" de fazer algo, simplesmente aquilo que você pediu não é importante para ela. Por que não assumimos nossas prioridades claramente? Temos medo. Eu tenho medo. Pavor. Terror. Responsabilidades assustam, a diferença está naqueles que disfarçam melhor do que outros este fato. Ou ainda, naqueles que são bons em compartilhar. 

Prioridades requerem coragem, autocrítica. Sinceridade. Entender que um quadro de 1800 precisa de mais cuidados do que aquele feito em 1920, ainda que queiramos fazer tudo. Annabeth, minha personagem preferida de todos os tempos diz algo parecido: um dos grandes heroísmos, foi aprender que suas capacidades não eram suficientes. E fazendo um retrospecto, grande parte dos meus protagonistas favoritos precisaram abdicar algo: a si mesmos, alguém, alguma coisa.

Escolhi tentar ser mais transparente, tentar não levantar uma cortina de fumaça para meu próprio eu. Nosso heroísmo precisa ser abdicar do orgulho todos os dias, da pretensão de não priorizar nada e perder tudo. Quem sabe assim fico mais próxima dos meus mundos preferidos, tentando trazer um pouco deles pra essa realidade caótica. Mais uma escolha para lista. Terei que priorizar um deles, não caberiam todos na mala. 

segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Mudanças: somos agentes ou efeitos?


Primeiro, feliz natal pra todo mundo! Hoje eu quero compartilhar com vocês uma reflexão de fim de ano/ano novo. É uma época nostálgica, como já disse no último post, que nos faz refletir bastante. 

A gente passa muito tempo se esforçando para aceitar as mudanças que acontecem. Algumas pessoas possuem mais facilidade do que outras para lidar com as transformações da vida, entretanto quanto acontece, nunca é algo que não seja perceptível. Pode ser gradativo ou leve, porém sempre deixam algum tipo de marca. Por outro lado, sinto que nos acostumamos com um certo vitimismo. Aceitamos que nos tornamos pessoas diferentes com o tempo, embora apenas depois de fatos e situações externas irrefutáveis, com reações diferentes do que esperávamos ter diante de problemas (ou até mesmo soluções). 

Então, pra variar um pouquinho, vamos nos esforçar para sermos os agentes da mudança, e não apenas efeitos colaterais dela?  Com esta frase clichê, eu te convido a pensar tanto nas desigualdades do mundo como no seu quarto bagunçado que você só arruma se brigarem com você. Neste natal, abrace sua família independente dos presentes. Procure um relacionamento com Deus antes dos problemas chegarem. Corte seu cabelo sem precisar que alguém próximo diga que você ficaria bem com ele curto. Pesquise temas novos mesmo sem alguém te perguntar sobre e você não saber responder.

As suas metas para 2018 não precisam ser repetições de velhos erros ou falsas prioridades; analisar a si mesmo, como já disse anteriormente, é primordial. Suas ações e projetos serão muito mais eficientes e fieis ao seu"novo eu", se suas atitudes para que sejam realizados não sejam reféns de uma antiga percepção dos seus desejos para o futuro. Para fazer a mudança acontecer, é necessário aceitar aquelas que já ocorreram. 

Este texto é sem dúvida fruto das dezenas de transformações que aconteceram comigo ao longo de 2017, e aqui no blog tem bastante de tudo isso. Normalmente, textos são reflexos do que já houve conosco, mas este aqui é um desejo meu para o futuro de vocês que estão lendo, e para mim mesma também. 

Espero que nós continuemos juntos em 2018! Um grande beijo para vocês e até o próximo post.

sábado, 23 de dezembro de 2017

Natal: expectativa x realidade


Recentemente, compartilhei no meu Instagram pessoal uma pequena teoria que tenho. Um amigo (vlw, Pedro) me desafiou a escrever sobre isso e achei ótimo, me fez pensar ainda mais sobre a época. O post de segunda vai sair normalmente, mas gostei da ideia de falar mais este momento que amo tanto, então resolvi colocar logo este textinho extra.

A ideia é a seguinte: eu sou apaixonada pelo natal. Amo muito a ceia em família, os presentes e a agitação do amigo oculto que fazemos - mesmo com fotos estranhas e todas as piadinhas de família, leia-se "é pavê ou pra comê" -, o culto e a cantata de natal, o cronograma de filmes que faço desde que comecei com isso aqui no blog e as playlists do Spotify com versões ótimas das canções clássicas que amo.

Por outro lado, o meu dia preferido do ano é hoje. Sim, dia 23 de dezembro. Quando a expectativa por finalmente estar chegando o natal se une a proximidade com a data tão esperada. Afinal, para nós brasileiros, é muito mais significativo o dia 24 do que o 25. É muito bom ficar com aquela ansiedade gostosa sabendo que o dia seguinte será diferente da rotina.

Mesmo assim, o natal passa muito rápido e isso me entristece. Quando vamos olhar, já acabou. Se o culto de natal é no dia 24, ou seja, mesmo dia da reunião de família, ou durante a semana, parece que tudo ocorre de uma maneira ainda mais acelerada. Se você tem irmãos(ãs) menores tem que aguentar as perguntas quase incessantes sobre presentes, e por último - embora igualmente decepcionante -, o calor. Particularmente, fico bem feliz quando chove ou fica nublado: forno ligado que esquenta a casa, e a decepção pela falta de neve são amenizados com clima mais ameno. Sem contar os inevitáveis atritos ou pequenas irritações nas reuniões em família.

Portanto, é muito fácil a gente se estressar no natal e ficar ainda mais chateado por estar com este sentimento. A expectativa pode arruinar a realidade, se não formos cautelosos.

Considerando essas coisas, quero te convidar a levar com mais leveza este natal. Menos reclamação. Menos expectativa e mais valorização do que realmente deveríamos celebrar. Pense com carinho o quão importante é estar com sua família ou amigos. Clichês existem por um motivo, e este não foge a regra: as pessoas e os momentos são o maior bem que temos. Esta é uma época incrível para que a gente perceba o quão fantástico pode ser o nosso cotidiano. Além disso, Jesus é a razão do natal. Não se esqueça do aniversariante na festa dEle. 

Eu só queria desejar um boas festas pra vocês e agradecer por cada pessoa incrível que conheci ou me aproximei neste ano. Acho que este texto é mais pra mim mesma do que pra vocês, embora espero que marque cada um que esteja lendo assim como está marcando a escritora dele. Feliz natal!

Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. Do aumento deste principado e da paz não haverá fim, sobre o trono de Davi e no seu reino, para o firmar e o fortificar com juízo e com justiça, desde agora e para sempre; o zelo do Senhor dos Exércitos fará isto. Isaías 9:6,7

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Cadê o espírito olímpico?


Hoje temos o início dos Jogos Olímpicos de 2016, porém isso já é de conhecimento geral. Eu sempre amei esse evento, inclusive, quando se está em época de Copa do Mundo fico sempre a pensar que os Jogos poderiam começar logo depois. Lembro-me com perfeição de em 2004 ficar encantada com a imagem da grávida na abertura das Olimpíadas em Atenas - bem, eu tinha 4 anos, portanto, é a única coisa que me vem a mente - a partir daí, tudo referente a essa época me atrai.
cena da abertura dos Jogos de Atenas, em 2004.
Quando o Rio de Janeiro foi anunciado como a sede a minha animação foi imensa, assim como a desconfiança. Mesmo com tudo dando errado, a esperança é a última que morre, certo? Bem, parece que finalmente todos perderam qualquer resquício dela. Fico profundamente chateada quando vejo um(a) brasileiro(a) gravando algo com legenda em inglês piorando ainda mais a imagem do país com seus "avisos" para os gringos. Dê uma pesquisada rápida em alguns poucos jornais internacionais e verá que a imagem do Rio de Janeiro já está extremamente negativa, não se incomode em ter que complicar ainda mais as coisas, ok? 

Não sei se você, meu caro leitor, se incomoda, mas eu moro neste país, nasci neste país, e não gosto quando falam mal da minha casa. Meu foco não é discutir sobre o que deu errado em todo o processo, pois é fácil deduzir que qualquer pessoa consiga sentir o reflexo da crise, e especificamente no Rio de Janeiro, não é desafio algum andar pela cidade e perceber as obras, o trânsito, a Baía de Guanabara... A questão principal é que mais uma vez todos os problemas parecem se sobrepor ao dia a dia do Brasil. 

Também não se engane ao imaginar que não me importo como fato de que todo o dinheiro aplicado nos Jogos poderia ter sido investido nas necessidades básicas da população, contudo, as Olimpíadas são um evento milenar com um significado maravilhoso. Na Grécia Antiga, as guerras paravam para realização dos jogos, a partir disso, podemos perceber o quanto a paz e a união estão atrelados a realização deste evento. 

O povo brasileiro convive diariamente com o uso do pão e circo pelos governantes, mesmo assim, os Jogos aconteceriam independente do uso deles para marketing político; poderia ser no Butão, mas eles ocorreriam da mesma forma. Os atletas brasileiros e estrangeiros não possuem culpa alguma, na verdade, eles de certa forma se tornam vítimas, pois apesar de todo esforço em defender sua pátria e toda luta para viver do esporte - sabemos que no Brasil é um grande desafio - as pessoas não reconhecem e muitos ainda desprezam o momento.

A tocha olímpica passou na minha cidade, e digo com orgulho que esperei sua passagem, afinal, o espírito olímpico independe de qualquer manobra política; esse momento é muito maior do que tudo de ruim que possa ter acontecido, é maior do que o marketing das grandes emissoras de tv. Que possamos separar as coisas para sermos cidadão críticos, porém nunca deixando de vibrar com o esporte.


sábado, 5 de março de 2016

Adolescentes (não) sabem o que querem?


Já estou querendo fazer essa discussão aqui no blog faz algum tempo. Pra quem ainda não me conhece, deixa eu apresentar os pontos que me fazem pensar nesse tema: tenho dezesseis anos, estou no terceiro ano do ensino médio e ainda tenho algumas dúvidas sobre a profissão que desejo seguir. Como sou a "nerd", meus colegas costumam levar em consideração o que eu falo porque julgam que terei bons argumentos pra defender minhas ideias. Elas estão certas quanto isso, realmente. Não falo do que não sei e sempre busco aprender mais um pouco sobre tudo. Só que o mundo não é composto apenas dos meus amigos de escola.

Já cansei de ouvir de pessoas adultas, que teoricamente alcançaram um nível de maturidade elevado, que adolescente não sabe que quer fazer na vida. Pode até ser, afinal conhecemos muito pouco do "mundo real" e estamos aprendendo sobre que caminho queremos seguir. Ao mesmo tempo, há aquela pressão imensa de que quanto mais rápido você entrar no mercado de trabalho, melhor (o que pra mim, se traduz basicamente em decidir "o que quer da vida")

Pra você que acha que adolescente é um ser desprovido de opinião: não é bem assim. Em vez de julgar como imatura e inocente a opinião de um jovem, leve-a a sério. Ele faz parte da geração que está construindo o futuro do seu país; ele é quem fará a continuidade dos valores morais que defendemos. E como fará isso se não é estimulado a pensar? Ele não irá desenvolver seu papel de cidadão (e se importar de verdade com isso), se toda vez que tentar, for desprezado por conta da idade. Não é porque você tem trinta, quarenta, cinquenta anos, que sabe tudo sobre tudo. 

Nosso país tem um sério problema de falta de orgulho nacional. É claro, orgulho em excesso é um problema, mas defender sua nação e lutar para que ela melhore, só dará certo quando passarmos a discutirmos de forma saudável o nosso futuro; entretanto, reclamar que tudo dá errado, mas sem pensar nas soluções não resolve... Isso envolve, obviamente, a opinião dos jovens também. Como disse anteriormente, somos nós que construiremos nosso país. E não demora, viu? Assim que acabar esse ano, se eu não conseguir passar numa faculdade, dou adeus ao "rótulo estudante"! Entro pra estatística dos de-sem-pre-ga-dos. Aos dezesseis anos! Tem certeza que não tenho nenhuma ideia do tipo de escolhas que pretendo fazer e que não me importo com meu futuro?

Posso não ter certeza quanto a profissão ou onde quero morar, mas sei os tipos de valores que devo levar adiante. Sei as oportunidades que quero ter, os lugares que quero conhecer. Os tipos de pessoa que valorizo e as amizades que pretendo levar pros próximos anos. O tempo realmente dá maturidade as pessoas, porque as experiências, e não a idade, vão construindo quem somos. Existem muitos casos em que a mente não corresponde ao de tempo de vida que a pessoa possui.

Experiências servem pra serem compartilhadas e usadas pra ensinar, não pra humilhar aquele que ainda está adquirindo-as. Pense nisso, ok? Ah, também deixe nos comentários o que você acha sobre o assunto!

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

3 razões pra falar suas opiniões polêmicas


Você está conversando tranquilamente, até que surge aquele assunto. Justamente aquele, o que você tem uma opinião contrária a de todos ali. Não sei vocês, mas sempre fico na dúvida: saio de fininho ou enfrento a maioria, abrindo a boca pra dizer o que realmente penso? Bem, o que normalmente faço é abrir a boca. Vou dar algumas razões para incentivar vocês a fazerem o mesmo (com responsabilidade, claro)!

1) Dá pra conhecer melhor as pessoas
Quando se conhece as opiniões mais fortes de alguém, você conhece uma parte importantíssima dela: seus valores. Algo que a define grandemente!
Não se esqueça das gratas surpresas que podem acontecer, como descobrir que aquele seu colega é mais parecido contigo do que você pensava. E pra aquele que discorda de tudo que você diz, segue as dicas abaixo!

2) Você enriquece seus argumentos 
Quando alguém me fala de algo que não faço ideia do que seja, necessito pesquisar. Pra você defender um ponto de vista, quanto mais argumentos, melhor. Então, de certa forma, ser confrontado te estimula a aprender mais sobre o assunto que defende.

3) Você se torna um ouvinte melhor
Se você quer ter credibilidade na hora de expressar algo que pensa, além de bons argumentos, a pessoa que te ouvirá precisa sentir respeito quando for a vez dela de falar. Esse talvez seja um dos pontos mais complicados: é muito fácil se empolgar quando estamos discutindo algo; você quer e precisa que as pessoas concordem. Então quanto mais você conversar sobre polêmicas, mais aprenderá a ouvir o outro lado da história de form imparcial.

Enfim gente, numa época em que todos estão tão raivosos em suas opiniões, precisamos de pessoas que discutam com tranquilidade. Não é fácil, mas vale a pena. E vocês? Expressam suas opiniões sem problemas ou enfrentam dificuldades pra se impor? Beijos!

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Fandoms, exagero e outras coisas

Já faz algum tempo desde a última vez que escrevi sobre algo que envolva minha opinião. O que me deu inspiração para o texto de hoje foi o simples fato de anteontem, 18/08, ser "comemorado" o aniversário de 22 anos (na contagem real, mas de acordo com as últimas obras, 17)  de Percy Jackson. Essa foi minha primeira saga, e podem até não ser livros perfeitos, mas em outubro vou completar 5 anos de semideusa. Rick Riordan realmente se tornou uma parte importante da minha vida, e depois que o último livro foi lançado, meu carinho pela história do garoto de 12 anos que descobre ser um semideus aumentou ainda mais.

Onde quero chegar com isso: ser fã é algo incrível. Você conhece pessoas (não me refiro só a internet, viu? fiz muitas amizades reais por causa de PJ), ganha interesse por coisas que nem imaginava gostar. É simplesmente incrível e empolgante quando você descobre que seu(sua) cantor(a) favorito(a) vai lançar algo novo ou que seus livros/filmes/séries vão ganhar uma continuação.

Mas sem exagero, pode ser?

Tem muita gente por aí ofendendo qualquer um que não goste das mesmas coisas que você. É diferente debater e tentar um convencer ao outro do que ficarem se ofendendo. Porque, sejamos sinceros, aquele artista não vai acrescentar nada de útil a sua vida; pode te inspirar, te dar autoconfiança, alegria... Mas útil? Acho que não. Mesma coisa para os livros: cada um deles vai deixar algo em você de especial, mas nem todos são incríveis e maravilhosos ao ponto de te fazer "evoluir".

Outra coisa que me irrita é quando a criatura tem a cabeça fechada pra entender os erros do artista ou de sua obra; claro, no início acho que somos todos assim - eu era assim quando virei semideusa e hoje percebo como era chata. Nada é perfeito, então não vai ser o(a) autor/autora, cantor/cantora, ator/atriz que será uma exceção. Amigas belibers, esse parágrafo é pra vocês.

Num tempo onde todo mundo quer saber mais do que o outro sobre a vida do artista, já está mais do que na hora de lembrarmos que para ser um fã não adianta nada disso. Existem muitos posers por aí que sabem tanto quanto você (tipo eu, em relação ao Justin Bieber: não gosto dele, mas tenho amigas belibers e a gente acaba pegando por osmose), vão em mais shows/sessão de autógrafos/pré-estréia de filmes porque tem grana pra isso, mas nenhum desses itens os fazem serem fãs de verdade.

Pra mim, fã é aquele que tem bom senso. Admira alguém, se importa com este alguém, porém sua vida não é sugada por causa disso. Fã é aquele que faz tudo o que pode pra se sentir mais perto do(a) admirado(a); e caso ele(a) não exista, finge que sim e se transporta pro mundo do personagem. É aquele que vai querer espalhar para o mundo seus gostos pra ter com quem conversar, ou então vai guardar lá no íntimo porque sente ciúme de ter que dividir este amor todo com mais alguém.

E vocês? São fãs de alguém ou de alguma coisa? Conta nos comentários! Beijos!

domingo, 1 de março de 2015

450 anos do Rio: relação de amor e ódio

O Rio de Janeiro não é uma cidade perfeita, óbvio. A violência tem níveis alarmantes (mais em alguns lugares do que outros, mas mesmo assim), o calor é absurdo, a mídia muitas vezes esquece que não existe só praia e carnaval, há também muita desorganização em nos serviços públicos e o trânsito tem piorado a cada dia.

Em compensação, a cidade é linda. Não estou falando só dos pontos turísticos ou das praias, afinal elas não estão em todo lugar, mas estou falando do Centro, das áreas boas no subúrbio, no carisma carioca, dos shoppings (por que não? Adoro os shoppings!), dos museus, e coisas que só quem mora aqui sabe. Eu não moro perto da área boêmia, nem da parte rica, e muito menos perto da praia. Mas dane-se.

Aí você deve estar se perguntando: como alguém pode gostar de uma cidade com tantos problemas (assim como nosso país né, mas ok) não morando perto da parte "boa". Essa é fácil: eu sou carioca,  e isso basta. Fico muito triste quando a maior parte das pessoas que eu convivo não curtem os 450 do mesmo jeito que eu, por olhar só as partes ruins do Rio. 

Mas cara, olha só: É muito maneiro sair de chinelo por aí sem se preocupar. Jogar na cara dos paulistaxx (sem treta, hein. Só zoeira.) que é bixxcoito, e não bolacha, como está escrito na embalagem!! Quase sempre ir pra região dos lagos nas férias e tentar enfiar na cabeça do resto dos brasileiros que carioca NÃO nasce sabendo sambar. Caraca, também tem cariocas que gostam de dias nublados (como eu!). Apesar de tudo, com certeza minha relação com o Rio tem muito mais amor que ódio.

Parabéns a Cidade Maravilhosa e a todos os que nasceram e/ou moram aqui!

domingo, 17 de agosto de 2014

Tipos de posts que não aguento mais ler


Hoje esse post é mais um desabafo que qualquer coisa... Sabe aquelas postagens clichês que todo mundo faz (sério, inclusive eu às vezes, admito)? Algumas ainda se salvam porque tem algo de diferente em 0,01 do post. Afinal, nenhuma ideia é igual a outra. O problema é que esses tipos de post já encheram minha paciência. Sinto que no final dessa postagem terão aqueles que vão pensar "que garota chata! É só não ler se não quiser!", e eu concordo: não leio mesmo. Quando vejo que tá lá no blog de fulano dá até desânimo. Só quando o contexto está legal... aí até dá pra engolir. Mas, vamos lá!

1 - Dicas pra blogs: ok, são sempre úteis e é sempre bom lembrar. Mas dicas diferentes, alguém pode fazer? Coisas como: sem plágio, layout leve, imagens boas, etc. já cansaram. Eu te peço: se você for fazer algo com esses tipos de dicas, por favor, pense em algo original!
Exceção: adoro esse blog! Acompanho a muito tempo!  Uma carta para a Blogueira Iniciante

2 - Decoração: eu amo decoração! Mas o problema desses tipos de postagens é que normalmente elas tem sempre as mesma imagens "tumblerísticas"! Nada contra o Tumblr, eu uso imagens de lá também, mas vamos variar um pouquinho, pode ser?! Pesquisar algumas imagens mais desconhecidas sempre é bom. Ah, e na hora de colocar as dicas, parem de colocar coisas como: mural de fotos, luzes pisca-pisca, objetos vintage, etc. Todo mundo já leu isso! Tente coisas como: sugerir cartela de cores diferentes e como usá-la, acessórios diferentes, lojas para comprar isso ou aquilo.
Exceção: exitem muitas, mas posso citar: Pouco espaço, muita fofura

3 - Textos de amores não correspondidos: tirando aqueles que sabem escrever muito bem e sempre dão um toque especial a suas crônicas mesmo quando o tema é comum, o resto é resto. Desculpa aí pessoal, mas cansei de ler coisas do tipo "fiquei sentada em frente da janela, lembrando de nossos momentos, e vi o quanto você mudou". Antes de tudo: se você quer ler um texto triste, então procure algo com algo original. Esse talvez seja meu tópico mais polêmico. Mas, eu sei que existem vários tipos de textos de amor, e assim como existem muitos bons, existem muitos imitando os outros.
Exceção: existem milhares delas, mas eu particularmente adorei este: A versão dele

4 - Looks para o FDS: o problema, não está no post, e sim no título; use qualquer coisa para dar nome a sua postagem: looks para festa, looks para ficar com a família, dicas de como se vestir bem, looks disso ou daquilo. Afinal, são postagens muitíssimo úteis. Mas eu não aguento mais ler essa frase! Ah, outra coisa: na hora de ir no lookbook, que tal dar uma procurada legal e não sair pegando a primeira estilosa que parecer? Assim, você corre menos risco de colocar um foto que todo mundo já usou/está usando.
Exceção: só pra exemplificar mesmo, porque existem bilhões, graças a Deus: Looks pra o inverno

É isso, pessoal! Espero não ter parecido muito revoltada rs' Beijinhos!

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Rumo ao Hexa! Rumo à Rússia!


Pra quem é totalmente alienado, ontem o Brasil (infelizmente) perdeu de 7x1 pra Alemanha, no jogo de semifinal. Mas, não vou falar do jogo de ontem. Até porque não aguentei ver o jogo todo... Saí da sala assim que a Alemanha marcou o quarto gol. Vou falar de algo que todos estamos sentindo: tristeza e decepção.

O dia começou mal aqui em casa se tratando de futebol. Meu pai disse que apesar de estar torcendo pro Brasil, estava achando que a nossa seleção perderia de 1x0 ou 2x0. Ok, isso já acabou comigo. Passei a manhã e a tarde tentando convencer meu pai que o Brasil ganharia. Comecei até planejar minha roupa para ir domingo de manhã na igreja usando as cores da nossa bandeira, totalmente certa de que estaríamos na final.

O dia passou. Tivemos que sair por volta de 12:00. Pronto, começou o desespero: "será que vamos chegar a tempo de ver o jogo?". Conseguimos. Chegamos uns 30 a 40 minutos antes do jogo começar. Minha irmã colocou a blusa do Brasil e eu também. Tirei foto e até coloquei no Instagram (me arrependi depois, claro). Então o jogo começou. Assim que a bola rolou vi o domínio da Alemanha. 

Marcaram o primeiro gol. Pensei: "ok, vai ser difícil, mas ainda dá pra ganhar". Marcaram o segundo. Pensei: "vamos segurar o placar, e virar no segundo tempo". Quando apareceu o terceiro gol, me decidi: "vou sair da sala". De repente veio o quarto. Cara, fiquei mal. Muito mal. Fui pro quarto ver filme pelo celular, no Netflix. Nossa, o twitter estava fervilhando. Quis me desconectar. 

Essa foi a primeira copa que eu sofri. Eu tenho 14 anos, então na copa de 2002, eu vi, mas não lembro. A copa de 2006 e a de 2010, acompanhei mas não dei tanta importância. Cara, essa copa foi a copa da minha vida. O negócio agora é torcer pra Argentina ser eliminada pela Holanda, e o Brasil ganhar dela na disputa do 3º lugar.

O fato é que 2018 vem aí. Nova chance. Novo campeonato. mais uma vez vamos gritar "Rumo ao Hexa!". E eu vou continuar acreditando. Porque apesar de estar farta da música "Sou brasileiro, com muito orgulho..." concordo totalmente com ela!  Um jogo não vai mudar toda uma história, todo um sonho.

Rumo ao Hexa! Rumo a Rússia!