Sabe quando tudo vira de cabeça para baixo? Quando suas definições são atualizadas e algumas são informações perdidas, é realmente o momento de sentar e pensar no que fazer. Buscar alternativas. Tentar não perder a cabeça com as circunstâncias. Afinal, elas já estão ali e você terá que lidar com elas.
Dói muito, admito. Há uma ligeira tentativa de disfarçar, mas nunca fui muito boa em manter o rosto inalterado quando acontece algo de ruim. Tentei me manter calada, não olhar nos olhos dos que me cercam. Embora manter uma neutralidade na expressão após o acontecido não foi algo que realmente tenha tentado fazer.
Quando cheguei na faculdade após o primeiro impacto da descoberta, minha primeira reação foi sentar e começar a reclamar com aqueles que eu sabia que não iriam se incomodar com meus rompantes. Era semana de provas, então fui obrigada a "sentar e pensar no que fazer" depois do choque inicial. "Ainda não me recuperei totalmente", disse para uma amiga, "mas estou aprendendo".
Percebi que faz sentido o que dizem: normalmente, só abrimos os olhos ou saímos da inércia quando somos forçados. Situações extremas geram medidas extremas. Meu cérebro ainda não encontrou uma resposta eficiente para este problema, e enquanto isso, uso o incômodo para continuar escrevendo. Tenho planos grandiosos, embora por enquanto prefira aproveitar as férias para apenas utilizá-los em minhas fantasias.
Percebi que faz sentido o que dizem: normalmente, só abrimos os olhos ou saímos da inércia quando somos forçados. Situações extremas geram medidas extremas. Meu cérebro ainda não encontrou uma resposta eficiente para este problema, e enquanto isso, uso o incômodo para continuar escrevendo. Tenho planos grandiosos, embora por enquanto prefira aproveitar as férias para apenas utilizá-los em minhas fantasias.
Enfim, o médico receitou compressas de água quente, um remédio para diminuir e tratar a dor e uma pomada analgésica. Uma amiga receitou alongamentos. Para estudar, baixei um aplicativo que transformava áudio em texto, assim não precisei escrever ou digitar uma boa parte do conteúdo. A pior parte parte veio na semana seguinte: garganta inflamada e rouquidão. Fiquei sem escapatória ou alternativas, justamente quando achava ter encontrado a solução.
Meu ritmo de esforço sempre foi maior que as pessoas do meu convívio, afinal, ter um blog desde os 10 anos e ajudar a fazer banners de divulgação aumentaram consideravelmente meu tempo na frente do computador. Eu sou a maníaca das agendas com enfeites e tabelas muito antes da moda do bullet journal - tenho uma com planejamento mensal toda rabiscada de 2013 para provar -, fazendo listas e fazendo mega resumos desde sempre. Nas férias, costumo desenhar. No fim do ensino médio, eu me transformei em uma máquina louca de anotação e redações. E não podemos nos esquecer do violino. Mesmo assim, inocentemente, nunca achei que fosse acontecer comigo.
Resumindo, três semanas (acho) sem voltar aqui e com uma culpa tremenda toda vez que toco este teclado sem um motivo como de entrega um trabalho ou uma prova para estudar. Um amigo sugeriu que eu escrevesse, e aqui estou eu seguindo seu conselho. Um paradoxo, se considerarmos que foi este meu excesso de compartilhamento que causou toda essa odisseia. Entretanto, é quando eu mantenho minhas mãos paradas que a possibilidade da dor traz maior incômodo.
Finalmente, ela aconteceu comigo e terei que lidar com este fato. Tendinite é um resultado, não uma aparição mágica. Agora que estou de férias, poderei organizar melhor meu tempo de atividades e esforço. Ainda não sei como me adaptar, embora esteja tentando aos poucos, e o blog será parte importante de tudo isso.
Um abraço para quem foi paciente com este pequeno hiato!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirDesejo que se recupere,é evidente seu zelo com o blog.
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