segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Discutindo personagens: ANNABETH CHASE (Sagas Percy Jackson, Rick Riordan)

Não sei se é da Viria ou não. Caso seja, diz pra mim que eu coloco os créditos todos certinhos.

Eu percebi que uma coisa que eu amo fazer ainda não estava no blog: discutir e "teorizar" sobre personagens. É importante dizer que não faço partindo de uma perspectiva acadêmica sobre literatura, mas de uma fã que imagina e amplia as histórias considerando-os pessoas, universos a serem explorados na ficção. Neste primeiro "capítulo", resolvi falar um pouquinho da semideusa Annabeth Chase, personagem do autor infanto-juvenil Rick Riordan em todos os livros da saga Percy Jackson, mas com um protagonismo ainda maior a partir de A Batalha do Labirinto (quarto livro da primeira saga). Recomendo este post apenas para aqueles que já leram a maior parte da saga e aos que não se importam com spoilers.

Dia 18 foi o "aniversário" do Percy, mas minha favorita é a Annie. Não tem jeito.

O "poder" da inteligência, das habilidades em batalha podem soar sem graça (ela mesma comenta isso em A Marca de Atena), mas só valorizam sua presença. Ela é heroína por si só, conquistou o carinho do público logo nas primeiras frases. Afinal, "monstros morrem, mas não ficam mortos", pois ela também funciona como contextualização da saga. Quase todas as explicações mitológicas vem dela, já repararam? Também ajuda a nos situar no início do livro, porque ao demonstrar seu preparo, Annie evidencia a ingenuidade de Percy e os medos de Grover, assim como a imaturidade de Clarisse.

Pra mim, Annabeth também é uma espécie de termômetro. Seu desaparecimento em A Maldição do Titã reforça o clima trágico da história; sua liderança - que já começa quebrando algumas convenções - em A Batalha do Labirinto, o clímax da saga. E eu só trouxe dois exemplos.

Sua primeira fraqueza apresentada é o orgulho - o que faz muito sentido para pessoas muito inteligentes -. Nesta humanidade, suas fraquezas emocionais são exploradas até o fim da segunda saga. Uma menina extremamente racional, porém com facilidade de sentir ciúmes, posse, impetuosidade e conflitos quanto a lealdade daqueles que a cercam. Ela foi se revelando mais complexa a cada crise, tirando o rótulo de simplesmente um "cérebro", ou uma personagem que só resolve os quebra-cabeças. Não. Annabeth tem um passado bem construído, assim como ambições palpáveis para o futuro.

A própria relação dela com Luke exemplifica isso. Quando chegamos neste universo, pegamos apenas suas lembranças da proteção que recebia dele, mas ainda assim conseguimos sentir sua dor cada vez que o vê mais cruel. Outra lembrança forte - sempre colocada a prova pela própria Annabeth - é quanto ao pai, pois ao longo da história vamos nos perguntando se ele era realmente tão ruim assim.

Sua experiência como semideusa nos faz torcer ainda mais por ela enquanto acompanhamos seu crescimento e as amizades que ela vai construindo. Ela não é apenas parceira de Percy, porque mesmo quando ele está subordinado a ela, seu papel no acampamento como líder militar cresce a cada livro independente de sua equipe. Depois, ainda prova com a sua missão solitária que tudo o que os fãs esperavam dela não era exagerado, mas também desafia nossas expectativas: ninguém é mega forte o tempo todo.

Seus apetrechos evidenciam suas características: agilidade ressaltada pelo punhal (apenas os lutadores mais rápidos, lembram do Luke falando?), curiosidade e criatividade no laptop de Dédalo, e estratégias certeiras com o seu boné da invisibilidade. Assim como sua inimizade com Hera só aumenta nosso respeito em relação ao seu posicionamento firme ao que acredita.

Sinto que eu e Annie seríamos ótimas amigas, crescendo juntas. De certa forma, foi isso mesmo o que aconteceu. Espero que tenham gostado dessa conversa sobre esta personagem simplesmente incrível. Digam pra mim o que acharam desta nova categoria de posts no blog, ok? Até a semana que vem!

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