Quantidade ou qualidade nas leituras?

Mencionei aqui no blog a minha intenção em participar de maratonas literárias, mesmo que meu ritmo de leituras estando baixo. O legal de quem gosta desse universo das histórias é que quanto mais se lê, mais se procura. Muita gente começa a fazer metas, organizar listas, ter prazer em arrumar sua estante seja por cor ou por tamanho. Podemos também observar os livros entrando no mundo da modinha, arrastando pessoas que nunca imaginavam praticar esse hobbie.

Certamente, a leitura nos engrandece, e se tem algo que eu amo fazer, é defendê-la; um hábito prazeroso, porém é necessário investir algum tempo e pra quem quer "evoluir" em suas escolhas literárias, requer pesquisa pelos melhores títulos, e para as obras mais desafiadoras, paciência. Por conta dessa imersão vemos muitos pegando suas histórias da estante por pura obrigação, apenas para cumprir aquela tabelinha mental de metas. Salvo as leituras obrigatórias, para trabalho e estudo, ler deve ser bom e prazeroso. Uma brincadeira singela, que não perde a graça com o passar dos anos.

Pra quem não gosta eu sugiro forçar um pouquinho, procurando obras com temas que sejam interessantes, muitas vezes usando até mesmo o gosto de filmes como bússola. Aos experientes, eu sugiro cautela. O limite entre desafio pessoal e a obrigação estressante pode-se tornar extremamente pequeno.

Portanto, quantidade e qualidade no mundo da literatura não precisam ser opostos, contudo, se você for obrigado a escolher uma delas a qualidade ganha por unanimidade. A maratona na qual participei não foi incrível porque eu li muito, algo que não aconteceu, mas porque eu li coisas boas. Usei um pouco das minhas férias pra curtir um hobbie que estava sendo esmagado pelas obrigações do dia a dia. Comecei histórias por pura vontade e as terminei sabendo que tinha me divertido.