Resenha: O Menino dos Fantoches de Varsóvia

Primeiro, deixa eu esclarecer duas coisas antes de começar a falar do livro: eu o li faz bastante tempo. Enfim, estou esclarecendo isso, para caso você que está lendo lembrar de alguma coisa não colocada aqui, pode me lembrar nos comentários, ok? A segunda coisa é que todo o trecho com um spoiler estará grifada em itálico. 

O livro é extremamente emocionante e surpreendente. Mika, o personagem principal, é um garoto judeu, determinado e muito cativante. Nós começamos a história (depois de um primeiro capítulo no nosso presente, e que só vamos entender o porquê no final) já percebendo toda a pressão da Segunda Guerra Mundial sobre ele, sua família e seus amigos. Percebemos logo como a relação dele com o avô é próxima e como ele fica afetado com sua morte, principalmente porque já estão no "gueto"; ou seja, os judeus já estão sendo concentrados.

Dentro da minúscula casa na concentração dos judeus, ele encontra os fantoches que o avô fazia, mas nunca havia revelado a ele. A partir daí Mika se conecta profundamente com os bonecos e começa a alegrar sua família e sua vizinhança com eles. Mas depois de um acontecimento, ele acaba tendo seu primeiro encontro com o soldado alemão Max. Na segunda parte do livro, conhecemos um pouco mais sobre esse segundo personagem.

Eu não quero falar muito do livro. Não sabia quase nada sobre a história, e isso foi ótimo. Você começa achando que será apenas um relato, mas a história evolui e os dois personagens que citei tem suas vidas entrelaçadas mais de uma vez. Quando você acha que a história já está emocionante só pela história desses dois, o final não te deixa largar o livro. Lembro de ter lido em dois dias e depois que acabei, fiquei horas pensando na história. A narrativa é muito cativante. Já comecei a ler esperando bastante, pois a Segunda Guerra Mundial é uma temática que eu me interesso muito. E não fui decepcionada!

A diagramação é muito bem pensada. O capricho com esse livro é evidente. As letras do título e os desenhos da contracapa são meio envernizados, sabe? (não sei se é o termo correto para o que estou me referindo, mas já vi outras pessoas o usando.) É aquele tipo de livro que você compraria só pelo exterior. As páginas são amareladas e a qualidade do papel também é boa. Não sou daquelas que costuma reparar muito nesses aspectos, mas esse livro realmente é bonito como um todo.

Espero que tenham gostado! Eu não tenho muita prática em escrever resenhas, portanto críticas construtivas e respeitosas  são bem vindas. Até o próximo post!

Autora: Eva Weaver/ Tradutor: Ivar Panazzolo Júnior

Editora: Novo Conceito/ Páginas: 398/ ISBN: 9788581634173/ Publicação: 2014